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E eu?

  • Foto do escritor: Tiago Koch
    Tiago Koch
  • 18 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de abr. de 2022

Provavelmente um dos maiores e mais dolorosos desafios das maternidades e das paternidades seja fazer a transição do ser narcisista e egoísta, no qual todos somos, para o ser altruísta.


Essa é uma transição que tanto os homens quanto as mulheres vivenciam dentro desse cenário. Porém existem algumas diferenças que são importantes trazermos para a consciência.


Veja bem, a partir do momento que a mulher decide dar sequência na gestação, aceitar esse novo rumo para sua vida, o conflito entre o ego e o novo papel de mãe pode começar a se dar de forma muito profunda, pois é nessa aceitação que se inicia a OBRIGAÇÃO de todas as transformações que compõe esse novo ciclo. Sim, obrigação!


Viver, que antes era um movimento de liberdade e autonomia, a partir desse sim, além de vivenciar um encontro com as novas e desejadas aquisições, também pode trazer um encontro constante com as perdas, principalmente, as perdas da liberdade e autonomia . Além disso, o altruísmo, capacidade de se doar sem desejar algo em troca, vira uma exigência social, afinal acreditamos que toda mulher "nasceu para ser mãe". Cuidar, cuidar, cuidar, amar, amar, amar.


Esse conflito também pode se dar para o homem de forma profunda, porém a grande diferença é que enquanto a maternidade se torna OBRIGAÇÃO, a paternidade infelizmente ainda é FACULTATIVA, ou seja, vai depender do quanto o homem estará disposto a mergulhar nesse universo e principalmente, o quanto irá se permitir abdicar dos privilégios estruturais.


Abdicar dos privilégios, esse é o ponto que no meu entender seja o que mais dói para nós homens e que faz com que uma parcela grande tenha extrema dificuldade em exercer esse novo papel com inteireza.


Além do escudo social, nossos privilégios são escoltados pelo nosso ego, que ao se deparar com a necessidade e exigência cada vez maior de se doar para o outro como nunca antes na vida e ainda perder pela primeira vez o protagonismo, pode sim trazer dor, e muita, e forte, afinal... E EU?


Conte comigo!


Tiago Koch

 

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